Christopher Dunn - Engenheiro de projetos e Gerente de processos a laser de uma Empresa Aeroespacial norte-Americana da qual atualmente é Gerente Sênior, ele analisou as milenares construções egípcias e seus artefatos de pedra tratada, e fez considerações bombásticas em seu livro
aqui o Site oficial dele - http://www.gizapower.com/
e a seguir alguma coisa sobre suas pesquisas e conclusões.
fonte: http://seteantigoshepta.blogspot.com/2010/06/resenha-do-livro-de-christopher-dunn.html
Introdução:
Desde 1976 vinha me questionando como a Pirâmide de Kéops (maior das três no vale de Gizé) havia sido construída, quem a construiu e qual tecnologia havia sido utilizada.
Mesmo sem possuir dados científicos a respeito desses questões, as informações divulgadas sobre a construção desse monumento não me convenciam.
Então, em agosto de 1984, quando li – na revista Análog – o artigo “Avançadas Máquinas no antigo Egito?”, escrito pelo egipitologo britânico William Flinders Petrie, iniciei a estudar as Piramides, especialmente a de Kéops, de forma metódica.
Um ano depois já tinha iniciado pesquisas e estudos pessoais que culminaram em duas viagens ao Egito.
Este artigo é um resumo do meu primeiro trabalho de pesquisas, medições, analises e teorias que realizamos nessas duas viagens.
Viagem ao Egito
Em visita ao Egito entrei em contato com arqueólogos e perguntei-lhes sobre o método que os antigos egípcios usavam para cortar o granito.
Eles afirmaram que usaram cunhas com água para rachar a pedra. Ora, rachar rocha é muito diferente de trabalhá-la e eles não souberam explicar como ferramentas de cobre foram capazes de cortar o granito.
Por sugestão dos arqueólogos foi até Assuão para ver de perto as marcas deixadas nas pedreiras pelos operários, e enorme obelisco inacabado que lá se encontra.
As marcas que vi da pedreira não me convenceram que os métodos descritos foram os únicos meios pelos quais os construtores das Pirâmides extraíram suas rochas.
Pelo contrário, aumentaram mais dúvidas… Na maioria das vezes, as ferramentas primitivas descobertas são consideradas contemporâneas dos artefatos do mesmo período.
E durante este período da história egípcia os artefatos eram produzidos abundantemente, sem que tivessem sobrevivido ferramentas que explicassem sua criação.
Os antigos egípcios criaram artefatos que não podem ser explicados em termos simples. As ferramentas simplesmente não representam integralmente o estado da arte que se evidencia nos artefatos.
Estatuas feitas de Diorita, um tipo de rocha que tem a dureza quase semelhante ao Diamante. Como os antigos Egípcios das mais antigas dinastias eram capazes de trabalhar esse tipo de Rocha altamente dura?
Christopher Dunn só vê uma resposta plausível, eles possuíam algum tipo de maquinaria que era ainda mais avançada que as disponíveis na atualidade
Há alguns objetos intrigantes que sobreviveram ao término daquela civilização e, a despeito de seus monumentos mais visíveis e impressionantes, temos apenas um fraco entendimento da extensão da tecnologia utilizada.
As ferramentas exibidas pelos egiptólogos como instrumentos para a criação de muitos desses artefatos incríveis são fisicamente incapazes de reproduzi-los.
Depois de permanecer em reverência diante dessas maravilhas da engenharia e, ao nos defrontarmos com uma desprezível coleção de implementos de cobre do Museu do Cairo, de lá saímos pensativos, frustrados e com mais dúvidas.
Um método que tem sido proposto pelos egiptólogos, por exemplo, consiste em empregar pequenas bolas de diorito – outra pedra ígnea extremamente dura – com as quais os artesãos golpeavam o granito.
Na ocasião me indaguei como era possível que alguém que tenha visto os maravilhosos hieróglicos com seus intrincados detalhes, cortados com precisão surpreendente em estátuas de granito e de diorito, que se elevam quatro metros acima de uma pessoa, proponham que esse trabalho tenha sido feito golpeando-se o granito com uma bola?
Aqui uma Estatua feita de diorita
(uma das rochas mais duras que existem na Terra)
Os hieróglifos são incrivelmente precisos, com sulcos quadrados, mais profundos do que largos. Eles seguem contornos exatos e alguns têm sulcos que correm paralelos entre si com espaço com menos de um centímetro entre eles.
Tais sulcos só podem ter sido cortados com uma ferramenta especial capaz de fender completamente o granito sem lascar a pedra.
Petrie
Já conhecia o extraordinário trabalho realizado no Egito pelo renomado egiptólogo britânico, William Flinders Petrie, no Século 19.
Naquele tempo Petrie já havia reconhecido que essas ferramentas manuais eram insuficientes para explicar a qualidade e sofisticação dessas construções; e expressou diversas dúvidas quanto aos métodos que os antigos egípcios usavam para cortar rochas ígneas tão duras.
Na época ele atribuiu métodos que somente agora no século 21 estamos dominando!
E Petrie estava correto. Indubitavelmente, muitos artefatos oriundos do antigo Egito foram produzidos com o uso de tornos e outros equipamentos ainda mais modernos que os conhecidos.
Há claras evidências de marcas de torno e outras ferramentas sofisticadas em algumas tampas de sarcófagos e diversos outros achados arqueológicos.
Só o Museu do Cairo possui centenas de objetos que contém evidências suficientes para provar que os antigos egípcios usavam métodos industriais altamente sofisticados.
Analisando marcas
As marcas deixadas nas pedras da Grande Pirâmide permitem que delas se deduzam quais os métodos usados para cortar o material empregado.
Não apenas as pedras da Pirâmide, mas também vários outros artefatos indicam, quase que indubitavelmente, os construtores daqueles monumentos usaram máquinas tipo modernas.
Alguns desses artefatos também foram estudados por Petrie – a maioria dos quais são fragmentos de rochas ígneas extremamente duras. Trata-se de peças de diorito e granito que exibem marcas de cortes idênticas a que encontramos hoje em rochas duras cortadas por modernos maquinários.
Certamente motivado por essas e outras evidências Petrie afirmou que:
- “…os antigos egípcios utilizaram não só tornos como técnicas especializadas altamente desenvolvidas, especialmente em utensílios côncavos e convexos sem danificar o material” -
Aqui as evidências que Dunn encontrou nas Pirâmides de Gizé, vejam que é muito Nítida o uso de Maquinaria tipo moderna na construção de tais obras, isso há mais de 5 mil anos atrás (no mínimo)
Apesar das evidências demonstradas nos trabalhos de Petrie e outro especialistas, ainda há uma persistente crença entre alguns egiptólogos – especialmente entre os egipcios – de que o granito usado na Grande Pirâmide foi cortado usando cinzéis de cobre...
Mas isto é tecnicamente impossível, pois a liga de cobre mais dura existente hoje em dia é o cobre berílio; e mesmo se os antigos egípcios possuíssem tal liga, ela simplesmente não é suficientemente dura para cortar granito.
Na verdade isto é tão absurdo como dizer ele que o alumínio pudesse ser cortado usando-se um cinzel feito de manteiga.
Métodos atuais do corte do granito incluem o uso de serras de fita e um abrasivo que tem uma dureza comparável à do diamante – duro o bastante para cortar o cristal de quartzo do granito.
A serra não corta o granito, mas é projetada para agarrar o pó do abrasivo, que é o que verdadeiramente faz o corte.
Examinando as formas dos cortes feitos em duas peças de basalto, concluiu que é possível que uma serra de fita tenha sido usada, pois deixou sua impressão na pedra.
O sulco no fundo do corte tem exatamente a forma do sulco que uma serra desse tipo deixaria. Lembro-me que na ocasião me perguntei:
- "Se os antigos egípcios realmente usaram serras de fita para cortar pedras duras, elas foram impulsionadas à mão ou à máquina?" - Mesmo ponderando outras alternativas, minha experiência em metalúrgia e no número incontável de vezes em que tive que usar serras manuais e elétricas, as evidências apontam para o uso de máquinas, a precisão e qualidades encontradas nesses artefatos é muito elevado para ter sido feito sem elas.
Evidências
Ao examinar o sarcófago encontrado na Câmara do Rei na Grande Pirâmide, Petrie observou que em uma de suas extremidades há um lugar onde a serra penetrou muito fundo no granito e foi retirada de volta pelos operários.
Ao reiniciarem o trabalho, entretanto, eles ainda o fizeram muito fundamente e 10 centímetros abaixo eles retiraram a ferramenta uma segunda vez, depois de terem recortado mais de 2,5 milímetros de profundade do que pretendiam.
Na ocasião Petrie estimou que - “…teria sido necessário aplicar pressão de cerca de uma a duas toneladas sobre serras de bronze com pontas de pedras preciosas para cortar o granito extremamente duro” -
Mas eu discordo deste ponto pois, se concordarmos com estas estimativas e com os métodos propostos por muitos egiptólogos com relação à construção das pirâmides, então uma forte incongruência existiria entre os dois.
Até hoje os egiptólogos não deram crédito a qualquer idéia que sugira que os construtores das pirâmides poderiam ter usado máquinas ao invés de energia humana neste grandioso projeto de construção.
Petrie acreditava que - “…a lógica apontava para o fato de que os cofres de granito achados nas pirâmides de Gizé precisavam ser marcados antes de serem cortados, e que era necessário que houvesse uma linha guia para orientar os trabalhadores” -
Ele estava correto, e a precisão exibida nas dimensões dos cofres aponta em tal direção. E guias de algum tipo seriam necessárias para alertar os operários de seus erros.
Além do mais as marcas da serra no granito têm certas características que sugerem que elas não eram o resultado de serragem manual; sendo, pois, extremamente improvável que um grupo de trabalhadores operando uma serra manual de quase três metros de comprimento cortassem através do duro granito tão rapidamente que passassem a linha guia antes de notar o erro.
E menos provável ainda que, então, retirassem a serra e repetissem o mesmo erro, como fizeram no sarcófago da Câmara do Rei. Não há absolutamente nada que confirme a especulação de que este objeto foi o resultado de trabalho puramente manual.
A velocidade com que é operada uma serra manual permite que seu desvio em relação ao curso planejado possa ser detectado e evitado rapidamente.
Por outro lado, sendo a serra mecanizada ela pode cortar o material e ultrapassar a linha guia tão rapidamente que o erro é cometido antes que a condição possa ser corrigida.
No sarcófago de Kéops a serra entrou muito profundamente, foi retirada, e então reintroduzida para que o corte fosse reiniciado em um só lado da incisão.
Nesse caso, a pressão excessiva na serra de lâmina iria forçá-la de volta para o corte original. Para se fazer um reinicio deste tipo seria necessário que fosse exercida muito pouca pressão sobre a lâmina; e é exatamente isto que mostram as marcas.
No conjunto essas marcas são evidências difíceis de serem contestadas. Além disto, nesses circunstâncias, é duvidoso que as deduções de Petrie de que duas a três toneladas de pressão seriam necessárias para cortar o granito pudessem ser atendidas.
Serra mecânica
O reinicio no meio de um corte, especialmente num de tais dimensões como o cofre de granito, seria realizado mais facilmente com uma serra mecanizada do que com uma serra manual.
Com uma serra manual há pouco controle sobre a lâmina em uma situação como essa, e seria difícil de avaliar precisamente a quantia de pressão necessária.
Além disso, a lâmina da serra manual iria se mover bastante lentamente – fato que questionaria ainda mais a idéia do emprego de uma serra manual.
A uma velocidade tão lenta e com muito pouca pressão, a realização do objetivo seria quase, se não totalmente, impossível.
Com uma serra mecanizada, por outro lado, a lâmina move-se rapidamente, e seu controle é possível.
A lâmina pode ser mantida em uma posição fixa, com pressão uniforme por todo o comprimento da lâmina, e na direção necessária ao reinicio.
Esta pressão dianteira e lateral pode ser mantida com precisão até que material suficiente tenha sido removido da peça trabalhada para permitir a continuação na velocidade de corte normal.
O fato que uma velocidade normal de corte foi atingida logo após a retificação do engano pode ser deduzido notando-se que no cofre da Grande Pirâmide o engano se repetiu cinco centímetros mais adiante.
Este é outro exemplo da lâmina cortando o granito no lugar errado mais rapidamente do que foi possível aos homens detectar e interromper.
Existe um outro método para corrigir um engano quando se usa uma serra manual, desde que o erro ocorra apenas em uma área pequena do corte.
Consiste em inclinar a lâmina e continuar cortando na área não estragada, de forma que quando a lâmina atinge a área que precisa ser corrigida ela passa a ser sustentada pelo novo corte inclinado e tem força suficiente para combater qualquer tendência em seguir o corte reto original.
Esse método poderia ter sido utilizado no cofre da Pirâmide de Kéops. Mas caso isso tivesse realmente ocorrido, as linhas da serra que nele aparecem após o ponto em que foi cometido o engano seriam diferentes das linhas da serra antes do erro, porque elas estariam em ângulo.
Entretanto isso não ocorre e todas as marcas deixadas pela serra antes e após o erro são horizontais. Qualquer argumento propondo que o engano foi superado inclinando-se a lâmina, o qual, provavelmente, seria o único método eficaz usando-se uma serra manual, fica invalidado.
Esta evidência aponta para a probabilidade totalmente diferente de que os construtores das Pirâmides possuíam maquinaria motorizada quando cortaram o granito encontrado dentro da Grande Pirâmide e da Pirâmide de Kéfren.
Métodos Modernos
A parte interna do cofre de granito da Câmara do Rei foi escavada com uso de métodos semelhantes aos que são empregados atualmente para moldar o interior de determinados objetos.
As marcas das ferramentas indicam que primeiro foram feitos cortes grosseiros perfurando buracos no granito ao redor da área que seria removida.
Segundo Petrie - “…os buracos foram feitos com brocas de tubo, as quais deixam um miolo central que precisa ser retirado depois do buraco ter sido feito. Só depois que todos os buracos foram feitos e todos os miolos removidos é que o cofre deve ter sido trabalhado manualmente para atingir a dimensão desejada” -
Aqui também foram cometidos erros e num dos pontos se nota que o orifício não foi feito de forma perfeitamente vertical na lateral do cofre além daquilo que estava previsto.
Isso significa que mais uma vez, enquanto trabalhavam com a broca no granito, os operadores cometeram um erro antes de terem tempo para corrigi-lo, sendo que nesse caso o erro foi de aproximadamente 20 centímetros abaixo do topo original do cofre.
A especulação então é a de que se a broca fosse manual seria necessário redirecioná-la periodicamente para permitir a limpeza do miolo central do orifício.
Dificilmente os operadores poderiam ter perfurado cerca de 20 centímetros granito adentro sem precisar remover suas brocas.
Ora, se a broca fosse manual as retiradas frequentes inevitavelmente mostrariam o erro de direção cometido e jamais teriam mantido a broca no caminho errado por 20 centímetros de profundidade.
Aqui se repetiu a mesma situação que ocorrera com a serra, ou seja, duas operações de alta velocidade nas quais foram cometidos erros antes que os operadores tivessem tempo de corrigi-los.
Embora também se diga que aos antigos egípcios não usaram nem mesmo uma simples roda, artefatos analisados provam que eles não só usaram a roda como deram a ela um uso mais sofisticado.
A evidência de trabalho com torno mecânico é claramente observável em muitos artefatos existentes no Museu do Cairo.
Dois pedaços de diorito na coleção de Petrie foram identificados por ele como sendo o resultado de verdadeiro torneamento em um torno mecânico.
Acredito que podem ser criados objetos complicados sem a ajuda de maquinaria: basta simplesmente esfregar o material com um abrasivo como areia e usar um pedaço de osso ou madeira para aplicar pressão.
Entretanto há diversas relíquias que simplesmente não poderiam ser produzidas por qualquer processo de abrasão ou fricção exercido sobre a superfície.
Petrie examinou uma prosaica tigela de pedra. Observando-a detalhadamente percebeu que nela havia um vértice afiado onde dois raios se cruzavam.
Isso indicava que os raios tinham sido cortados em dois eixos separados de rotação. Examinando outras peças de Gizé, achou outro fragmento de tigela que tinha as marcas de verdadeiro torneamento em torno mecânico.
Também encontrei peças no Museu do Cairo que evidenciam o uso do torno mecânico em larga escala, a exemplo de uma tampa de sarcófago que, após examiná-la concluiu que as marcas das ferramentas deixadas na peça correspondem ao formato e localizam-se exatamente onde se poderia esperar que estivessem caso o sarcófago tivesse sido moldado com uso de tornos.
Para fazer orifícios existe uma técnica que é chamada de trepanação. Ela deixa como resíduo um miolo central do material que está sendo perfurado.
Os construtores das pirâmides usaram essa técnica. Uma das peças que Petrie estudou foi um desses miolos.
Examinando as marcas de ferramenta que deixaram um sulco helicoidal simétrico nesse artefato tirado de um orifício perfurado em um pedaço de granito, Petrie concluiu que o ferramental egípcio penetrava a uma taxa de 0,25 milímetros a cada revolução da broca.
As brocas atuais, por sua vez, só conseguem penetrar a uma taxa de 0,125 milímetros por revolução. Isso significa que os antigos egípcios conseguiam cortar granito com uma taxa de alimentação maior ou mais profunda por revolução da broca do que as brocas mais modernas que existem hoje.
Duas outras características das peças examinadas por Petrie também chamaram a atenção. A primeira foi que tanto o orifício quanto o miolo dele extraído têm uma forma cônica que se afunila em direção à extremidade.
A outra é que o sulco helicoidal entrou nos componentes do granito de forma estranha, ou seja, penetrou mais profundamente no quartzo (material mais duro) do que no feldspato (mais macio).
Também constatei este fato, e o afunilamento indica um aumento na superfície da área de corte da broca à medida em que ela ia cortando mais profundamente, consequentemente um aumento na resistência.
Uma alimentação uniforme sob tais condições, usando método manual, seria simplesmente impossível. Petrie teorizou que - “…foram aplicadas uma tonelada ou duas de pressão a uma broca tubular feita de bronze incrustada com joias” -
Porém, isto não leva em conta que sob centenas e centenas de quilos de pressão as joias iriam, inevitavelmente, abrir seu caminho na substância mais macia, deixando o granito relativamente incólume depois do ataque.
Nem todos os egiptólogos concordam com Petrie, pois consideram muito improvável que os egípcios tivessem conhecimento tecnológico suficiente para cortar pedras preciosas formando dentes e prendê-las no metal de tal maneira que elas suportassem a tensão do uso pesado, fabricando assim a broca sugerida.
O que esses estudiosos sugerem é que foi usado um pó abrasivo em conjunto com serras e brocas de cobre macio.
Então, provavelmente, pedaços do abrasivo penetraram no metal da broca, permanecendo ali por algum tempo e formando dentes acidentais e temporários, criando assim o mesmo efeito que dentes intencionais e permanentes criariam e foi a retirada da broca de tubo para remover o miolo e inserir abrasivo novo no orifício que criou os sulcos na peça.
Mais eu também discordo desta questão: É duvidoso que uma ferramenta simples que está sendo rotacionada à mão permanece virando enquanto os artesãos a retiram do orifício.
Igualmente, colocando a ferramenta de volta em um orifício limpo com abrasivo novo não seria necessário fazê-la girar até que estivesse no lugar.
Também há a questão do afunilamento no orifício e no miolo. Ambos proveriam efetivamente a liberação entre a ferramenta e o granito, tornando impossível sob tais condições o estabelecimento de contato suficiente para criar os sulcos.
Acredito que a única maneira – do ponto de vista técnico e lógico – para cortar os orifícios e os miolos achados em Gizé seria o uso de máquinas ultrassônicas.
Essas máquinas produzem movimentos oscilatórios que lasca o material e o arremessa para longe, igual a uma britadeira que lança para longe um pedaço de pavimento de concreto.
A diferença é que ela é muito mais rápida, vibrando entre 19 à 25 mil ciclos/segundo. Um abrasivo aquoso ou em pasta é usado para apressar a ação cortante. Em síntese, a maquinaria ultrassônica usa um processo de desagregação abrasivo-oscilatório.
O fato do sulco helicoidal ter penetrado mais profundamente tanto no quartzo – material mais duro – como no feldspato – mais macio – é explicado por sua teoria.
São empregados cristais de quartzo na produção do ultrassom e, reciprocamente, são suscetíveis à influência de vibrações nas gamas ultrassônicas e podem ser induzidos a vibrar em alta frequência.
Christopher Dunn analisando um dos sarcófagos de Serapeum em Saqqara,
que pesam mais de 100 toneladas cada, são feitos de granito sólido
Ao trabalhar o granito usando ultrassonografia, o material mais duro (quartzo) não ofereceria necessariamente maior resistência, como aconteceria durante práticas de emprego de maquinarias convencionais.
Uma ferramenta de corte vibrando ultrassonicamente encontraria numerosos sócios simpatizantes enquanto cortasse o granito, embutidos diretamente no próprio granito.
Em vez de resistir à ação cortante, o quartzo seria induzido a responder e vibrar em consonância com as ondas de alta frequência e ampliaria a ação abrasiva à medida em que a ferramenta cortasse através dele.
Embora a formação de sulcos não fosse esperada nas peças trabalhadas com ultrassom, já que esse atua mais por um processo de trituração do que por ação rotacional, acredito que eles podem ter sido criados por várias razões: um fluxo desigual de energia pode ter feito a ferramenta oscilar mais em um lado do que no outro; a ferramenta pode ter sido impropriamente montada, ou um acúmulo de abrasivo em um lado da ferramenta pode ter cortado o sulco à medida em que a ferramenta se movia no granito.
Por outro lado, é preciso que se entenda que a ferramenta pode ter sofrido não apenas movimento oscilatório, mas também giratório, visando forçá-la através do granito, o que teria causado os sulcos.
O formato cônico do orifício e do miolo são normais porque no emprego de qualquer ferramenta cortante é necessário que ela possa ser liberada da superfície da peça que está sendo trabalhada.
Nesse caso, ao invés de termos um tubo contínuo, teríamos um tubo cuja espessura da parede ficaria gradualmente mais fina ao longo de seu comprimento.
O diâmetro externo ficando gradualmente menor criaria a liberação entre a ferramenta e o orifício e o diâmetro interno, ficando maior, criaria a liberação entre a ferramenta e o miolo central.
Isto permitiria que um fluxo livre da pasta fluída usada como abrasivo pudesse alcançar a área cortante. Uma broca tubular com tal feitio também explicaria o afunilamento das laterais do orifício e do miolo.
Usando uma broca desse tipo feita de material mais macio do que o abrasivo, a extremidade cortante iria se desgastando gradualmente. As dimensões do orifício, portanto, corresponderiam às dimensões da ferramenta no instante do corte.
Na medida em que a ferramenta ia se desgastando, o orifício e o miolo iam refletindo esse desgaste na forma de um cone. Nela vemos o progresso da perfuração em granito com o emprego de uma broca ultrassônica (vibratória). A broca avança 0,25 milímetros mais o desgaste da própria ferramenta para cada rotação da manivela.
Mais Pesquisas
A ultrassonografia soluciona todas as perguntas sem resposta que as demais teorias não conseguiram responder com relação a todos os aspectos da existência das marcas no material examinado por Petrie.
No entanto, pode ocorrer que quando procuramos um único método que possa dar resposta para todos os dados que nos afastamos daqueles mais primitivos e até mesmo da maquinaria convencional e somos forçados a considerar métodos que são um pouco anômalos para aquele período da história.
Por isto sugiro que estudos adicionais dos miolos precisam ser feitos; que se reproduza miolos usando-se os métodos que proponho e métodos primitivos.
Após essa reprodução, uma comparação dos miolos deve ser feita usando equipamento de metrologia e um microscópio de escaneamento eletrônico.
Mudanças microscópicas na estrutura do granito podem acontecer devido a pressão e calor enquanto está sendo trabalhado. É duvidoso que egiptólogos compartilhem minhas conclusões referentes aos métodos de perfuração dos construtores da Pirâmide e seria benéfico executar esses testes para provar conclusivamente os verdadeiros métodos usados pelos construtores da Pirâmide para cortar pedra.
De volta ao Egito
Em fevereiro de 1995 retornei ao Egito com a finalidade de medir alguns artefatos produzidos pelos construtores das Pirâmides.
Essas medições provaram, sem sombra de dúvida, que ferramentas e métodos altamente avançados e sofisticados foram empregados por essa antiga civilização.
Examinei três peças usando alguns instrumentos especiais que adquirira. Um deles visava determinar a precisão com a qual os artefatos haviam sido confeccionados.
O primeiro objeto que inspecionei foi o sarcófago do interior da Pirâmide de Kéfren. Fiquei surpreso ao verificar que a superfície do interior da caixa era perfeitamente lisa e plana.
Também me pareceu que os cantos internos arredondados do sarcófago tinham um raio uniforme em toda sua extensão, sem variação da precisão da superfície no ponto de tangenciamento.
Quando observava atentamente esse sarcófago muitas perguntas me vieram à mente:
- “Por que o interior de uma enorme caixa de granito foi acabada com a exatidão que usamos em placas de revestimento de precisão? Como fizeram isso? E por que fizeram isso? Por que consideraram essa peça tão importante que se deram a tão grande trabalho?" -
Seria impossível fazer esse tipo de trabalho no interior de um objeto manualmente. Mesmo com a maquinaria moderna, seria uma tarefa muito difícil e complicada.
Seria uma tarefa grandemente problemática a de polir o interior da caixa com a precisão que se observa no sarcófago, a qual resultou numa superfície completamente plana no ponto onde as laterais encontram os cantos curvos.
Há problemas físicos e técnicos associados com uma tarefa como essa que não são fáceis de resolver.
Poderiam ser usadas brocas para desbastar o interior, mas quando se trata de terminar uma caixa deste tamanho com uma profundidade interior de 75,15 centímetros enquanto se mantém um raio no canto de menos de 1,25 centímetros, há alguns desafios enormes a ser superados.
Também tive a oportunidade de examinar os túneis cavados na rocha no Serapeum, em Saqqara.
Lá se encontram 21 enormes sarcófagos de granito, que pesam, junto com suas tampas, cerca de 100 toneladas cada um. A matéria-prima foi extraída a cerca de 800 quilômetros de distância – pedreiras de Assuão.
Cada peça tem aproximadamente quatro metros de comprimento, 2,28 metros de largura e 3,35 metros de altura.
Sarcófagos de Serapeum em Saqqara,
mais de 100 mil toneladas (equivalente há cerca de 50 carros de porte médio)
mais de 100 mil toneladas (equivalente há cerca de 50 carros de porte médio)
Estão instalados em criptas escavadas na pedra calcária em intervalos matemática e geometricamente regulares ao longo dos túneis.
O piso das criptas fica cerca de 1,20 metro abaixo do piso do túnel e os sarcófagos estão colocados em recessos estrategicamente localizados no centro.
Ao examinar esse conjunto, me questionei sobre os problemas de engenharia existentes para instalar tais caixas enormes em espaços confinados e com a última cripta localizada próximo ao fim do túnel.
Como colocá-las no lugar se ali não havia espaço nem para algumas dezenas quanto mais para que algumas centenas de escravos puxando cordas pudessem posicionar os Sarcófagos?
Ao examinar o lado externo de um desses sarcófagos, constatei que era uma superfície perfeitamente plana.
Examinei o interior de outro sarcófago e constatei, novamente, que a superfície era absolutamente plana.
Chequei uma tampa e a superfície sobre a qual ela se apoiava e constatei, pela terceira vez, que ambas eram perfeitamente planas.
Isso produzia um fechamento hermético no caixão, já que duas superfícies absolutamente planas entravam em contato e o peso de uma delas expulsava o ar existente entre ambas.
Finalmente, usando um esquadro de altíssima precisão, inspecionei o ângulo formado entre essa tampa de 27 toneladas e a superfície interior do sarcófago sobre o qual ela se apoiava; verifiquei que o lado inferior da tampa e a parede interior da caixa formavam um ângulo reto absolutamente perfeito e que o fato se dava não apenas num lado da caixa, mas em ambos, o que aumenta o nível de dificuldade para realizar esse feito.
Geometria
Pense nisso como uma realidade geométrica. Para que a tampa fique no esquadro com as duas paredes internas, estas têm que ser paralelas entre si ao longo do eixo vertical.
E ainda mais, a parte superior da caixa precisa formar um plano que esteja no esquadro com as laterais. Isso torna o acabamento do interior extremamente mais dificil.
Os fabricantes desses sarcófagos do Serapeum não apenas criaram superfícies internas que são planas quando medidas vertical e horizontalmente, mas também se certificaram de que as superfícies que estavam criando estivessem no esquadro e paralelas umas com as outras; com uma superfície, o topo, tendo laterais que estão afastadas entre si entre 1,5 e 3 metros.
Mas sem tal paralelismo e sem o perfeito esquadro da superfície do topo, o perfeito esquadro notado em ambas as laterais não poderia existir.
Certo dia quando trabalhava meio agachado, além da posição desconfortável senti a atmosfera carregada de poeira do interior daqueles túneis, o que tornava difícil até a respiração.
Sentei por um momento e fiquei imaginando o desconforto e quão insalubre seria dar acabamento a qualquer uma daquelas enormes peças de granito – independente do método empregado.
Uma melhor alternativa seria executar o trabalho fora daquele ambiente.
Eu estava tão surpreso com este achado que não me ocorreu na ocasião que os construtores destas relíquias, por alguma razão esotérica, desejavam que elas fossem extremamente precisas.
Eles tinham se dado ao trabalho de trazer para o túnel o produto inacabado e terminaram-no no subterrâneo por uma boa razão.
Essa é a coisa lógica a fazer se você requer um alto grau de precisão na peça em que está trabalhando.
Terminar a peça com tal precisão em um local que mantivesse uma atmosfera diferente e uma temperatura diferente, como ao ar livre debaixo do Sol quente, significaria que quando ela fosse finalmente instalada dentro do túnel frio, numa temperatura semelhante à de uma caverna, aquela precisão seria perdida.
O granito mudaria sua forma por expansão e contração térmica. A solução, naquela época como hoje em dia, é claro, é preparar superfícies de precisão no local no qual elas deverão ser utilizadas.
Finalidades
Com que propósito os egípcios extraíram de suas minas blocos de granito de 90 toneladas, escavaram seu interior e o fizeram com tão alto nível de precisão?
Por que acharam necessário trabalhar a superfície no topo desta caixa de maneira a torná-la perfeitamente plana de forma que uma tampa, com uma superfície no seu lado inferior igualmente plana, se assentasse perfeitamente no esquadro com relação às paredes interiores do sarcófago?
Ninguém faz esse tipo de trabalho a menos que haja um elevado propósito para o artefato. Até mesmo a idéia deste tipo de precisão não ocorreria a um artesão, a menos que não houvesse nenhum outro meio para atingir aquilo que se pretendia que o artefato fizesse.
A única outra razão pela qual tal precisão poderia ser implantada em um objeto seria a de que as ferramentas usadas para criá-lo fossem tão precisas que fossem incapazes de produzir qualquer coisa menos exata.
Em qualquer dos dois cenários, estamos olhando para uma civilização de um nível mais alto do que aquele que é normalmente aceito hoje em dia. Para ele as implicações desse fato são surpreendentes.
É por isso que acredito que estes artefatos que examinei no Egito são evidências que provam, sem sombras de dúvidas, que uma civilização mais adiantada do que aquela que aprendemos existiu no antigo Egito.
Estas evidências estão gravadas na pedras. Pode-se argumentar que a falta de maquinaria refuta a existência de tal sociedade avançada no passado, mas a falta de um tipo de evidência não é evidência.
É falacioso negar ou ignorar o que existe argumentando com aquilo que não existe. Em todo caso é prudente sugerir que sejam feitos estudos mais aprofundados nesses sarcófagos para que se descubra que finalidade levou os artífices egípcios a buscarem tão alto grau de precisão, já que a intenção nesse sentido está bastante clara.
Talvez as superfícies das caixas até estejam acabadas com precisão ótica. Se assim for, por quê? Entretanto, analisar esse tipo de detalhe não é meu objetivo.
Nos Estados Unidos
Quando retornei aos Estados Unidos, contactei quatro fabricantes de granito de precisão e não encontrei ninguém que pudesse fazer um artefato semelhante.
Um deles informou que um pedaço de granito daquele tamanho deve pesar cerca de 90.000 quilos e, se uma peça daquele tamanho estivesse disponível, seu custo seria enorme.
O pedaço do granito bruto valeria algo em torno de 115 mil dólares. Este preço não incluiria o corte do bloco no tamanho adequado ou qualquer custo de frete.
Para o transporte seriam necessárias muitas licenças especiais a serem emitidas pelos órgãos competentes que custariam outros milhares de dólares.
E, entretanto, os egípcios moveram esses pedaços de granito por quase 800 quilômetros. O mesmo fabricante informou que sua empresa não tinha o equipamento ou a capacidade técnica para produzir caixas semelhantes.
O que poderiam fazer seria produzir as caixas em cinco pedaços, transportá-los até o cliente e juntá-los no local.
Contornos e Simetria
O terceiro objeto que examinei foi um pedaço de granito encontrado próximo ao planalto de Gizé. Analisando esse pedaço de granito é difícil não chegar à conclusão de que os construtores das pirâmides usaram uma máquina capaz de executar contornos precisos em três eixos de movimentação (X-Y-Z) para guiar a ferramenta num espaço tridimensional e criar a peça.
Ainda que sejam inacreditavelmente precisas, superfícies planas normais, simples geometricamente, podem ter sua fabricação explicada através de métodos simples. Entretanto, essa peça é tão intrigante que a primeira coisa que vêm à nossa mente são: - ‘que ferramenta foi usada para cortá-la e o que guiou essa ferramenta de corte?' -
Muitos artefatos da civilização moderna seriam impossíveis de ser produzidos usando-se trabalho puramente manual.
Estamos rodeados de artefatos que são resultados da criação de ferramentas que superam nossas limitações físicas. Desenvolvemos máquinas para criar os moldes que produzem os contornos estéticos dos nossos carros, rádios, eletrodomésticos e uma infinidade de outros produtos.
Para criar os moldes que produzem tais artigos, uma ferramenta cortante tem que seguir com precisão um contorno predeterminado em três dimensões.
Em algumas aplicações ela irá se mover em três dimensões usando, simultaneamente, três ou mais eixos de movimentação.
O pedaço de granito que examinei exigiria um mínimo de três eixos de movimentação para sua confecção.
Quando a indústria de ferramentas elétricas era relativamente jovem, foram empregadas técnicas onde a forma final era dada à mão, usando modelos como guia. Hoje, com o uso de máquinas controladas por computador, pouco se usa o trabalho manual.
Um pequeno polimento para remover marcas indesejáveis da ferramenta talvez seja o único trabalho manual requerido atualmente.
Então, para descobrir que um artefato foi produzido em tal máquina, precisamos encontrar uma superfície precisa com sinais das marcas de ferramenta que mostrem o caminho da ferramenta em si.
E foi exatamente isto que encontrei em Gizé, a aproximadamente 10 metros a leste da segunda Pirâmide.
Eram dois pedaços de granito que tinham sido originalmente um único pedaço. Minha atenção foi despertada pela precisão do contorno e sua simetria.
Os dois objetos encontrados, quando juntos, assemelhavam-se a um pequeno sofá.
O assento é um contorno extremamente preciso que se funde com as paredes dos braços e com o encosto.
É impossível que tenha sido feito sem o uso de maquinaria motorizada de alta velocidade e com técnicas modernas de mecânica não convencional.
Conclusão:
Em termos de um entendimento mais amplo do nível de tecnologia empregado pelos antigos construtores das Pirâmides, as implicações dessas descobertas são tremendas.
Não só estamos diante de fortes evidências que parecem nos ter escapado durante décadas, e que oferecem indícios adicionais que provam que os antigos egípcios estavam bem avançados, mas também temos oportunidade de reanalisar tudo de uma perspectiva diferente.
Entender como algo é feito abre uma dimensão diferente na tentativa de determinar porque foi feito. A precisão nestes artefatos é irrefutável.
Até mesmo se ignorarmos a pergunta de como eles foram produzidos, estaremos ainda face à questão do porque tal precisão foi necessária.
Ainda que possamos admitir que máquinas avançadas realmente tenham sido empregadas, fica a pergunta: onde estão as máquinas?
No entanto, devemos considerar seriamente o fato que máquinas são ferramentas e que nenhuma ferramenta foi encontrada para explicar qualquer teoria sobre como as mais de 80 Pirâmides foram construídas ou caixas de granitos foram cortadas.
Até mesmo se aceitássemos a noção de que ferramentas de cobre são capazes de produzir esses artefatos incríveis, os poucos instrumentos de cobre descobertos não representam nem de longe o número de tais ferramentas que teriam sido usadas nos canteiros de obras das Pirâmides.
As 3 Pirâmides de Gizé,
ao que tudo indica foram construídas usando de maquinaria tipo moderna,
ou mais avançadas do que existe atualmente
ao que tudo indica foram construídas usando de maquinaria tipo moderna,
ou mais avançadas do que existe atualmente
Apesar de opiniões diferentes, tecnicamente existem poucas dúvidas de que subestimamos seriamente as capacitações dos antigos construtores das Pirâmides.
A interpretação e o entendimento de um nível de tecnologia de uma civilização não depende da preservação de um registro escrito de toda a técnica que eles tenham desenvolvido.
Os fatos básicos de nossa sociedade nem sempre merecem elogios e uma pedra mural-testamento geralmente é erigida para transmitir uma mensagem ideológica e não a técnica empregada para entalhá-la.
Até hoje, registros da tecnologia desenvolvidos pela nossa moderna civilização permanecem em mídia vulnerável e poderiam deixar de existir em caso de grandes catástrofes, tais como uma guerra nuclear ou uma nova idade do gelo.
Por conseguinte, depois de vários milhares de anos, uma interpretação dos métodos usados por um artesão poderia ser mais precisa do que uma interpretação do seu idioma.
O idioma da ciência e da tecnologia não tem a mesma liberdade da fala. Assim, embora as ferramentas e máquinas não tenham sobrevivido milhares de anos após seu uso, nós temos que assumir, por análise objetiva da evidência, que elas existiram.
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Por Christopher P. Dunn.
engenheiro mecânico e escritor inglês e americano que mora nos Estados Unidos desde 1969, especialista em máquinas e ferramentas mecânicas. Trabalhou em quase todos os níveis de produção de alta tecnologia, da construção à operação de lasers industriais de grande potência, e chegou ao posto de Engenheiro de Projetos e Gerente de Processos a Laser de uma empresa aeroespacial norte-americana, da qual, atualmente é o gerente tecnológico.